Report W.T.C. – Peniche (28 e 29 de Maio de 2011)



O que é o W.T.C. (Waypoint Trail Challenge)?

"O Waypoint Trail Challenge visa introduzir um novo conceito de moto-turismo, que alia a navegação por carta à aventura e descoberta, proporcionando o máximo de prazer em contacto com a natureza. Este Troféu está aberto a todas as motos de tipologia Trail, homologadas, e com toda a documentação exigida para circulação na via pública. A classificação será por equipas que terão de ser constituídas obrigatoriamente por dois elementos (na mesma moto ou em motos diferentes). Este troféu visa ir ao encontro de um novo mercado do segmento Trail, proporcionando um evento com uma boa imagem, capaz de oferecer a aventura com que este tipo de cliente gosta de estar identificado. A componente de aventura reside, não na dificuldade dos percursos, mas na escolha dos mesmos, já que será a equipa a escolhê-los"
fonte: (Waypoint Trail Challenge facebook) 



Este ano o WTC teve início na cidade costeira de Peniche. A organização prometia uma prova de dificuldade média/baixa, divertida e com muitos pontos de grande interesse. E assim foi.


Para desfrutar-mos um bocado mais Peniche, eu o Carrilho e mais 4 companheiros resolvemos ir na 6º feira para baixo. O grupo devido a horários teve que se dividir em dois grupos. O primeiro (André Carvalho, João Pratas e Rui Marques) que ia mais cedo, e o nosso (Carlos Begonha, Pedro Carrilho e Ricardo Faria). Arrancamos do Porto por volta das 21:30 e a viagem fez-se bem e sem demoras, mas parando algumas vezes ou para tomar café ou para hidratar, visto que a temperatura da noite era alta.




Chegamos por volta das 3h da manhã ao parque de campismo de Peniche, e por sorte encontramos um segurança do parque que foi um porreiro e nos deixou entrar com as motas desligadas até ao sítio onde mais tarde iríamos montar as tendas. Uma vez as tendas montadas, resolvemos ir trincar qualquer coisa, mas visto serem 3.30 da manhã, as probabilidades de apanhar algum tasco aberto eram remotas, então resolvemos atravessar a via rápida e ir mesmo a um posto de abastecimento, acompanhados do segurança do parque. Foi no posto que nos deparamos um bocado com o mundo da noite pelo menos daquela zona de Peniche. Dois “ucras” num carro ligeiramente abandalhado, fazendo-se acompanhar de três "moçoilas" brasileiras, sendo Ritinha o nome de uma delas. Já de papo cheio regressamos ao campismo e descansamos até o dia seguinte.

DIA 28

Primeiro dia da prova. Levantamo-nos e fomos vendo os outros concorrentes a chegar ao parque… De repente de três motas estacionadas no parque, passaram a estar perto de umas 20 motas. O ambiente componha-se, sempre ao som dos pistões dos motores a trabalhar.

Por volta das 13h, depois do grupo já estar todo reunido, desta vez, com a presença do Mads, resolvemos ir almoçar. Por sorte o Rui conhecia um restaurante não muito caro ali perto.
Perto das 14h fomos até ao Ponto de Partida, para nos darem os Road-books fotográficos, as respectivas cartas militares e ouvirmos atentamente o briefing do organizador da prova, o Filipe Elias.




O início da prova até nos estava a correr bem até que, chegamos ao ponto 33++, e andamos um bocado perdidos, a tentar encontrar o melhor caminho até chegarmos ao moinho. Depois de algumas explicações, e retaliações de moradores, houve um caçador que nos indicou o melhor caminho para lá chegar. Tirada a fotografia, eu e o Carrilho iríamos a mais um ponto. E pela maneira que a prova nos estava a correr, não haveria de ser muito difícil de o encontrar… Enganamo-nos, por graças a esse ponto perdemos uma hora preciosa da nossa prova. Nós cada vez mais nos apercebíamos que a carta militar não era a melhor para nos guiarmos, mas era a única coisa que tínhamos para nos mostrar onde teríamos que chegar. Antes que o tempo permitido terminasse fomos directos ao Ponto de Chegada, para não termos penalização. Em conversa reparamos que o 1º dia até nem nos tinha corrido assim tão mal. Fizemos 6 pontos.

De repente vejo o Rui Marques e o Pedro BC a arrancarem por um estradão só de areia, seguindo-lhes o André Carvalho e depois o Carrilho. “Se eles vão curtir, eu também vou”… E lá fui atrás deles. A meio do estradão, soube que não ia ser pêra doce, quando vi o Pedro BC a voltar para trás.










O estradão lá se fez e rumamos ao camping, visto que tínhamos prometido ao Elias que emprestávamos as desmontas a uma Transalp, que tinha furado. Já um bocado atrasados lá chegamos ao local onde se realizava o jantar.


O local era um salão enorme digno de uma verdadeira festa da catequese e de  escuteiros. O jantar foi uma rica feijoada (só de feijão), com arroz (mais papa que a lama de alguma zonas da prova). Valeram as sobremesas e o tempo bem passado com alguns ATistas e um GSista, sempre acompanhados de um belo garrafão de vinho e outro de cerveja.
A noite ainda era uma criança e resolvemos, alguns de nós, conhecer melhor Peniche durante a noite.


DIA 29

O dia começou cedo. Pelo menos depois da noitada anterior, as 8:15 da manhã, mais pareciam 5h da matina.

Fomos tomar o pequeno almoço, e seguimos viagem para a aventura do 2º dia do WTC. A correr como no dia anterior, íamos estar imparáveis. Não correu tão bem como nós estariamos a pensar, mas para outros correu e acabou pior, visto terem furado. 

Com o final da Prova chegou também a hora do almoço, bem localizado, numa esplanada mesmo à beirinha da praia, e bem saboroso.



Depois almoço, desafiamos o Filipe Elias a vir connosco até ao ponto nº47, o qual ninguém encontrou, visto não ser fácil de o localizar por estar numa zona da carta que não tinha estradas perto, e na realidade passava uma estrada alcatroada a poucas centenas de metros.

Depois de encontrarmos o ponto 47, foi altura para regressarmos ao Camping e arrumar e fazer as malas. O regresso foi feito por nacionais. Conseguimos rolar sempre a fugir de nuvens ameaçadoras, até à Figueira da Foz onde fizemos uma breve paragem para tomar um cafezito para despertar, visto que o cansaço já se fazia notar. Chegamos a casa perto das 3h da manhã.

Resumindo foi um fim de semana cheio de aventuras, boa disposição e muito mais, e tenho que agradecer a todos os que me acompanharam. Sem eles, este espiríto não era possível.




texto: Carlos Begonha

3 comentários:

  1. Muito Bom! Parabéns!
    André Carvalho

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  2. Sim Sr's...

    Impecável... e um muito obrigado ao Mads pela ajuda despendida na troca da câmara de ar da AT do Ricardo Faria...

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  3. Pedro Carrilho:

    Então e as fotos da viagem a Inglaterra 2011

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